quarta-feira, 3 de setembro de 2014

MARINA DESPREZA O PRÉ-SAL


Reproduzimos texto da Revista Fórum

O Globo de hoje anuncia em primeira
página que a candidata do PSB, Marina
Silva, planeja reduzir a importância do
pré-sal na produção de combustíveis.
Num encontro com produtores de
etanol, na Feira Internacional de
Teconologia Sucroenergética
(Fenasucro), em Sertãozinho, Marina,
para foi ovacionada quando disse:
“temos que sair da idade do petróleo”.
E também quando prometeu disse vai
revigorar o álcool, dando incentivo
para os produtores do setor.
O governo estima que em dez anos o
Brasil extrairá US$ 112,5 bilhões em
recursos para a área de saúde e
educação com o pré-sal. E que em
pouco tempo o país se tornará um
exportador de petróleo.
Isso significará não apenas a nossa
auto-suficiência energética, mas o
Brasil também se tornará um país mais
importante do ponto de vista
geopolítico.
É isso que está em jogo e que
incomoda profundamente os falcões
americanos. Eles não querem o
desenvolvimento do Brasil e muito
menos o nosso fortalecimento
internacional.
Um Brasil forte não interessa aos EUA.
Desde sempre.
E por isso, sempre houve pressão para
que a extração nas camadas de pré-
sal fosse entregue a grandes
empresas privadas, se possível
americanas. E não fosse realizada pela
Petrobras.
Os gringos querem o pré-sal para
eles.
Mas como a campanha de Marina vai
lidar com o assunto, segundo o Globo.
Ela vai criar um grupo de especialistas
para avaliar os riscos envolvidos na
exploração do pré-sal e vai
apresentá-los à sociedade.
Que especialistas, cara-pálida? A
turma do Eduardo Gianetti da Fonseca,
que defende a cobrança de
mensalidade para “estudantes que
podem pagar” nas universidades
públicas.
O Globo procurou um especialista que
pelo jeito não é da turma do Gianetti e
a resposta à consulta foi óbvia.
Nivaldo de Castro, coordenador do
setor Elétrico da UFRJ disse que
“seria uma decisão estratégica que
alteraria substancialmente a
capacidade de investimentos do país
em duas áreas fundamentais para o
Brasil entrar numa rota de
desenvolvimento social, a Educação e
a Saúde”.
Castro ainda acrescenta que diminuir
investimento não seria uma boa
estratégia porque o país perderia a
liderança tecnológica na exploração da
camada do pré-sal.
Mas aí vem a pergunta. Não seria uma
boa estratégia para quem interromper
os investimentos da Petrobras no pré-
sal para o Brasil perder a liderança
tecnológica neste setor?
Só não seria uma boa estratégia para
o Brasil, os brasileiros e a Petrobras.
Para os EUA e para suas empresas de
exploração, como a Exxon isso seria
lindo e maravilhoso.
Mesmo que depois de interromper a
exploração por um determinado tempo
o Brasil decidisse voltar a explorar o
pré-sal, já estaríamos defasados
tecnologicamente. E superados. E aí
teríamos de terceirizar a exploração.
É um jogo absolutamente bruto que
está por trás dessa decisão. Em nome
de uma causa em tese ecológica,
vamos entregar nossas reservas e
abrir mão do nosso futuro.
Ao mesmo tempo que promete
interromper o pré-sal para discutir as
consequências da exploração, Marina
diz que nunca foi contra os
transgênicos.
E ainda está se comprometendo a
priorizar acordos bilaterais em
detrimento do Mercosul.
Marina está virando ex-Marina. É
muita mudança em pouquíssimo
tempo.
PS: A defesa do Banco Central
independente e da interrupção da
exploração do pré-sal vão ajudar
muito a campanha do PSB a arrecadar.
Por isso o tesoureiro Márcio França já
disse que não tem essa de não aceitar
recursos de empresas de armas ou
qualquer outra área. Vale tudo, desde
que seja legal, segundo ele. Vai chover
dinheiro na hortinha do PSB com esses
novos compromissos que passam a a
ser assumidos agora. Não vai ser
necessário nem usar semente
transgênica para multiplicar os
recursos.

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